Confira como deve ficar o mercado imobiliário com o aumento da taxa Selic

A alta da Selic tende a encarecer as taxas praticadas nos negócios imobiliários, mas não deverá causar estragos na concessão de crédito e nas ações ligadas ao setor negociadas na bolsa de valores.

A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) espera uma desaceleração dos volumes de financiamentos imobiliários neste ano, com alta de 2% nos financiamentos em 2022. No ano passado, período em que a Selic saiu de 2% para 9,25%, a alta dos volumes foi intensa, de 46% em relação ao apurado de 2020.

Mesmo crescendo em ritmo menor, o setor deve atingir o seu recorde histórico, de R$ 260 bilhões, superando o volume registrado em 2021 (R$ 255 bilhões), um volume expressivo, apenas um pouco menor do que o de 2021.

No passado, quanto também vigoravam taxas de crédito imobiliário de dois dígitos, não houve arrefecimento dos volumes de financiamento, para se ter uma ideia, entre 2010 e 2014, a Selic teve trajetória ascendente e, mesmo assim, os volumes financiados continuaram crescendo.

O financiamento fica mais caro?
Sim, isso deve acontecer, pois embora a Selic não seja a taxa praticada nos financiamentos de imóveis, ela influencia os juros cobrados pelas instituições neste tipo de operação. Portanto, quando aumenta ou diminui, ela tende a influenciar os preços dos contratos.

No caso das taxas de crédito imobiliário concedido por bancos e fintechs, por exemplo, elas devem ultrapassar a Selic ainda neste ano.

Mas é importante ressaltar que o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, garantiu que juros cobrados pelo banco não vão acompanhar os reajustes da Selic, pois, segundo ele, os reajustes que precisavam ser feitos já ocorreram em 2021. Além disso, as condições de mercado também permitiriam manter a estabilidade das taxas.

Vale lembrar que atualmente, o banco público é líder no financiamento habitacional, respondendo por mais de 66% do mercado!

Portanto, tudo indica que continuaremos a ver uma forte demanda em 2022, mas podendo ficar até 5% menor do que em 2021. o que caracterizaria o segundo melhor ano da história.

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